o projeto


O Parque para brincar e pensar é um projeto de pesquisa e intervenção urbana que tem como foco trazer à luz a necessidade de relação entre diferentes gerações e classes sociais na forma de habitar e pensar os espaços comuns da cidade. Quais são hoje os espaços de encontro entre diferentes gerações e grupos? De que forma geramos como sociedade nossos próprios ambientes? O que significam as brincadeiras na nossa formação como adultos?

Desde fevereiro de 2011, o Parque para brincar e pensar tem se constituído como um acontecimento produzido pelo coletivo Contrafilé, o Ponto de Cultura Arte Clube (JAMAC), uma comunidade do Jardim Miriam e diversos parceiros. Neste tempo-espaço, uma área abandonada no meio de uma favela (na qual a Eletropaulo colocou abaixo diversas casas para passar fios de alta tensão) está sendo reapropriada pelas pessoas da comunidade, no interior de um processo criativo que, em si, tem sido um verdadeiro território de invenções no qual o maior conteúdo é a brincadeira.  

Para a invenção deste território, criamos um “grupo multiplicador”, constituído pelos integrantes do Contrafilé, pela Monica Nador e Mauro (importante liderança comunitária e colaborador do JAMAC), pelo músico Cássio Martins e por jovens arquitetos da FAU, recém-formados ou ainda universitários, integrantes do grupo EPA!. Aos poucos, aconteceu então algo que até então não esperávamos: colegas artistas, ativistas, arquitetos, paisagistas, brasileiros e alguns europeus que vivem em São Paulo, como Miguel Mister e Ângela Leon, do coletivo espanhol Basurama, se interessaram em colaborar com o processo voluntariamente, contribuindo com os mutirões que têm ocorrido todos os sábados desde fevereiro, somando tanto trabalho braçal, quanto conceitos, ideias, e suas competências profissionais específicas. No final das contas, temos um grupo enorme produzindo junto esse espaço, de diversas procedências, classes sociais, regiões da cidade e até mesmo do mundo e de diversas idades (crianças, adultos, jovens, senhores), o que configurou um espaço trans-social muito interessante.

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